A Secretaria Municipal da Saúde (Semus) realiza o monitoramento das síndromes gripais (SG) e das síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) na Capital. O acompanhamento é feito pela Vigilância Epidemiológica dos Vírus Respiratórios da Coordenação das Doenças Imunopreveníveis da Semus que identificou a permanência da circulação dos vírus da influenza do tipo A e B, além do vírus SARS CoV-2 (causador da covid-19). De acordo com a biomédica sanitarista e coordenadora das doenças imunopreveníveis, Fernanda Fernandes, essas SGs são sazonais e muito comuns nessa época do ano nas regiões norte e nordeste do Brasil, por isso a população deve ficar alerta. Os sintomas das duas síndromes gripais são muito parecidos com os da covid-19.
Normalmente as pessoas apresentam coriza, congestão nasal, espirros, tosses, febre ou sensação de febre, dores de cabeça, corpo e garganta. “A congestão nasal causa uma obstrução nas vias nasais que podem provocar a perda temporária do olfato e paladar”, ressalta Fernanda. O ideal é que a população procure a sua Unidade de Saúde da Família (USF) de referência para testagem de covid-19 e avaliação médica e assim evitar que os sintomas evoluam para uma gravidade como dores no peito e falta de ar, entre outros. Realizar o teste para covid-19 é importante para descartar a possibilidade de estar infectado com o vírus.
Assim como as demais gripes, os cuidados necessários para evitar a contaminação são básicos como uso de máscara; lavar constantemente as mãos; utilizar álcool gel quando não tiver acesso a água e sabão, especialmente ao compartilhar utensílios e equipamentos públicos; evitar contato com pessoas com comorbidade, do grupo de risco ou que estejam doentes; manter janelas abertas para maior circulação de ar nas residências e proteger a boca ao tossir e espirrar com o antebraço ou lenços de papel descartáveis e, caso utilize as mãos ao tossir, espirrar ou limpar o nariz, higienizá-las com álcool gel para não espalhar o vírus SARS CoV-2.
A coordenadora da área técnica também reforça a importância da população se vacinar contra a influenza que já está disponível para pessoas com mais de 60 anos, adolescentes em medidas socioeducativas, caminhoneiros (as), crianças de 6 meses até menores de 6 anos, forças armadas, forças de segurança e salvamento, gestantes e puérperas, pessoas com deficiência, pessoas com comorbidades, população privada de liberdade, povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas, professores, profissionais de transporte coletivo, profissionais portuários, profissionais do sistema penitenciário e trabalhadores da saúde. “A vacina da influenza é anual e é diferente da covid, o ideal é que a população tome as duas”, esclarece a biomédica sanitarista.
Monitoramento
Palmas possui duas unidades sentinelas para identificar através do conhecimento e análises laboratoriais os vírus respiratórios circulantes na Capital. As sentinelas são localizadas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Norte e Sul. Esse monitoramento visa conhecer o comportamento dos vírus, a distribuição e sazonalidade no nível local, como também fornecer anualmente informações necessárias para a escolha das amostras que serão recomendadas para a composição anual da vacina da influenza. O imunizante deste deste ano possui as cepas para proteção contra os vírus que estão em circulação.