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Relação abalada entre Prefeitura de Palmas e Governo do Estado

Uma tragédia pode ter azedado a relação, aparentemente bastante amistosa, entre Prefeitura de Palmas e Governo do Estado. A morte de Aurilene Lima da Silva, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Taquaralto, na última segunda-feira (8), provocou fissuras, até agora, difíceis de serem reparadas.

Sobre o caso, a Secretaria da Saúde de Palmas informou que tentou, por vezes, fazer a remoção da paciente para o Hospital Geral de Palmas (HGP), buscando a regulação no atendimento, já que a UPA não teria os recursos necessários para atende-la. Pelo que foi informado e noticiado, a Secretaria da Saúde o Estado disse que não tinham leitos disponíveis no HGP. Em nota, após o ocorrido, a secretaria de Estado informou que abriu “o processo de regulação para remanejamento. No entanto, em poucas horas e antes que a paciente pudesse ser encaminhada, a SES-TO foi comunicada do falecimento da paciente”.

Na quinta-feira (11), a prefeita Cinthia, por meio de sua conta no Twitter, fez duras críticas à Secretaria da Saúde do Estado, dizendo até que havia determinado à Procuradoria Geral do Município que promovesse uma ação judicial contra o órgão estadual cobrando por providências imediatas sobre a demora na regulação nas UPAs.

No dia seguinte, numa entrevista a um jornal da TV Anhanguera, o secretário Afonso Piva disse que o HGP estaria sobrecarregado por pacientes que deveriam ser tratados nas UPAs e cobrou providências da Prefeitura.

Se o clima já estava ruim, azedou de vez. Ainda pelo Twitter, a prefeita Cinthia aumentou o tom da resposta e fez criticas duras contra o secretário da Saúde do Estado e emendou: “Pede pra sair!”

Depois disso o Governo submergiu, acertadamente. Do seu modo, a prefeita também se afastou do embate, postura também acertada. Esse é o momento de baixar a temperatura da fervura e aliviar a pressão.

Já vivemos momentos recentes de descompasso político/institucional entre o Executivo da Capital e o Executivo Estadual. Para ser sincero, esse distanciamento não beneficiou ninguém. Projetos em conjunto foram travados ou começaram a andar a passos lentos. Parcerias foram interrompidas e a comunhão de esforços pelo bem comum, um dos preceitos da administração pública, perdeu força.

Este é um momento que exige muita sabedoria de parte a parte. Torço para que as fissuras abertas possam ser reparadas a seu tempo. Na política e na administração pública existe um bem maior, que é o bem da sociedade. Esse propósito sempre prevalecerá acima de qualquer desavença. Que o entendimento seja o caminho neste momento.

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