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Guerra entre facções aumenta a violência em Palmas

A cidade de Palmas vive um clima de violência e medo. De janeiro a abril deste ano, o número de homicídios na cidade aumentou em mais de 200%, segundo um levantamento da Secretaria da Segurança Pública do Tocantins divulgado pela imprensa. No primeiro final de semana do mês de maio, três pessoas foram mortas a tiros e outra foi baleada em Palmas em menos de 24 horas.

Na semana passada, imagens que circularam as redes sociais mostraram algo brutal. Um homem armado entra num bar da região Sul de Palmas e atira a queima roupa contra outro homem sentado à mesa. Foram vários disparados. A vítima morreu na hora. Mas estrago poderia ser muito pior e outras pessoas poderiam ter sido vítimas do criminoso, talvez até por engano, como um dano colateral.

A informação é que a onda de homicídios na Capital está ligada a uma guerra entre facções criminosas rivais e o motivo seria a disputa por território. Criminosos se enfrentam, se matam numa guerra bandida explícita e a sensação é que pouco está sendo feito para conter essa violência.

No início do ano, 958 policiais começaram a reforçar os quadros da Policia Militar no Tocantins. Isso representou mais policiais nas ruas e um aumento do trabalho repressivo à criminalidade. Isso na teoria. Mas é importante destacar que o sistema de Segurança é mais complexo, ainda mais quando se trata do enfrentamento ao crime organizado. Neste caso, o trabalho de investigação e inteligência é fundamental. É quando entra a atuação firme da Polícia Civil, que também precisa se fortalecer. O que parece é que hoje a balança do sistema de Segurança Pública do Tocantins está desequilibrada, com um efetivo reforçado da PM nas ruas, desproporcionalmente ao da Polícia Civil.

Recentemente o secretário da Segurança Pública do Tocantins, Wladmir Costa Mota de Oliveira, anunciou que o projeto para o concurso público da Polícia Civil já está em andamento. Uma iniciativa realmente necessária. Que o concurso aconteça de maneira acelerada, porque a retomada do equilíbrio da força de atuação entre as corporações de segurança no Estado é muito importante para a sociedade.

Faço um apelo respeitoso ao governador, Wanderlei Barbosa, e à prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, para que olhem com atenção para esse problema. Que unam os esforços entre a PM, a Polícia Civil e a Guarda Metropolitana para o enfrentamento efetivo e o combate à onda de homicídios na Capital.  Palmas era considerada uma das capitais mais seguras do país, e reforço que infelizmente era. Essa marca, que sempre foi motivo de orgulho para todos nós palmenses, tem sido manchada pela onda de violência explicita que estamos vivendo. Que possamos com a união de esforços vencer mais esse desafio e retomar a sensação de segurança às famílias palmenses.

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